Imposto de Renda: quem ganha até R$ 5 mil pode ficar isento em 2026

O Imposto de Renda (IR) é uma das maiores preocupações do trabalhador brasileiro. Em muitos casos, o valor retido na fonte compromete parte considerável do orçamento mensal e gera incertezas na hora do planejamento financeiro.

Recentemente, uma proposta em análise no Congresso Nacional pode mudar esse cenário. O objetivo é ampliar a faixa de isenção para rendas de até R$ 5 mil mensais, garantindo alívio principalmente aos trabalhadores assalariados.

Mas, afinal, o que está em jogo e como essa mudança pode impactar sua vida financeira?

O problema: carga tributária pesada para quem ganha menos

Atualmente, milhões de brasileiros que recebem salários entre R$ 3 mil e R$ 5 mil ainda são tributados pelo IR. Embora não se trate de rendas altas, a cobrança acaba reduzindo significativamente o poder de compra.

Esse é um ponto de crítica recorrente: o sistema tributário brasileiro, em vez de ser progressivo (quem ganha mais, paga proporcionalmente mais), acaba onerando também as faixas intermediárias de renda, gerando desigualdades.

Além disso, a defasagem na tabela do Imposto de Renda, que não acompanha a inflação e os aumentos salariais ao longo dos anos, intensifica o problema.

A proposta: isenção até R$ 5 mil e desconto variável

O texto em análise na Câmara prevê um desconto variável capaz de zerar o IR para rendimentos de até R$ 5 mil mensais.

Segundo cálculos da Confirp Contabilidade, um trabalhador com salário de R$ 5 mil deixaria de pagar cerca de R$ 313 de imposto por mês. Considerando o 13º salário, a economia anual chegaria a R$ 4.067.

Abaixo, veja como ficaria o impacto estimado em diferentes faixas de renda:

O projeto ainda prevê uma isenção parcial para salários entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, com valores de desconto decrescentes. Já acima de R$ 7,35 mil, não haveria mais benefício.

Impactos esperados

De acordo com estimativas do Ministério da Fazenda, se aprovado, o projeto pode beneficiar cerca de 10 milhões de contribuintes já em 2026. No total, 65% dos declarantes ficariam isentos, o que representaria uma das maiores mudanças dos últimos anos no Imposto de Renda.

Para compensar a redução de arrecadação, o governo pretende ampliar a tributação sobre os chamados “super ricos” pessoas com renda acima de R$ 50 mil mensais, o equivalente a R$ 600 mil por ano.

O debate: avanços e críticas

Apesar do alívio para milhões de trabalhadores, especialistas e organizações sociais alertam que a proposta ainda é limitada.

O Inesc e a Oxfam Brasil defendem que o Brasil precisa de um sistema tributário mais justo e progressivo, capaz de reduzir desigualdades históricas, principalmente entre mulheres, pessoas negras e indígenas.

Já o economista Sérgio Gobetti (IPEA) critica o fato de o texto não ampliar a taxação sobre lucros e dividendos, prática adotada em diversos países desenvolvidos. Segundo ele, “insistir em manter essa isenção depois de 30 anos é um grande erro que compromete tanto a justiça social quanto a eficiência econômica”.

A solução: planejamento contábil

Independentemente de como a proposta será aprovada, uma coisa é certa: mudanças no Imposto de Renda exigem atenção redobrada dos contribuintes.

Aqui entra o papel da Solar Contabilidade: acompanhar cada atualização da legislação, interpretar os impactos para empresas e trabalhadores, e garantir que você pague apenas o que é devido, sem correr riscos e aproveitando todos os benefícios disponíveis.

Com um planejamento tributário bem feito, você consegue organizar suas finanças, reduzir custos e ter mais tranquilidade diante de alterações que, muitas vezes, chegam sem aviso prévio.

Enquanto a proposta segue em tramitação, a Solar Contabilidade acompanha de perto cada novidade para orientar seus clientes. Quer entender como essa mudança pode impactar sua vida ou a gestão da sua empresa? Entre em contato com a nossa equipe e fale com um especialista.